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Saúde mental e justiça social marcam o 1º dia do XXIX Curso Intensivo de Formação Continuada para Magistrados(as) do TRT-20
- Publicado: Segunda, 09 Junho 2025
Aprendizado e integração. Essas foram as palavras que definiram o principal objetivo do XXIX Curso Intensivo de Formação Continuada para magistrados(as) (CIFCM) do Tribunal Regional do Trabalho da 20ª Região (TRT20), iniciado nesta segunda-feira, 9, no Espaço de Inovação e Capacitação da Escola Judicial do TRT-20 (Ejud-20). O evento é uma realização da Ejud-20, com o apoio da Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da 20ª Região (Amatra XX), e a programação segue até a próxima sexta-feira, 13.
A abertura foi conduzida pela diretora da Ejud-20, desembargadora Vilma Leite Machado Amorim, que destacou o planejamento cuidadoso e antecipado do curso, com o propósito de refletir “todo o carinho, amor e dedicação investidos em cada etapa da sua preparação”. Segundo a diretora, o evento foi pensado para promover tanto o aprendizado quanto a integração entre os participantes. “As palestrantes têm grande expertise nos temas que irão abordar, com ampla experiência, não apenas teórica, mas também prática. É também uma oportunidade para magistrados, magistradas, servidores, servidoras, estagiários e estagiárias se encontrarem e promoverem essa interação”, afirmou.
"Este evento reforça nosso compromisso com a formação constante da magistratura e com uma Justiça do Trabalho mais humana, eficiente e sensível às transformações da sociedade”, reforçou o presidente do TRT-20, Josenildo dos Santos Carvalho. O presidente acrescentou que, além do aprendizado, esta é também uma oportunidade de integração entre colegas e fortalecimento institucional. “Parabenizo a Ejud e todos os envolvidos pela organização e pela qualidade da programação", frisou o presidente.
A psiquiatra Clarissa Bastos Frota, na palestra de abertura, refletiu sobre os impactos da busca excessiva por excelência na saúde mental. Com o tema “Alta Performance: Excelência x Felicidade”, ela propôs um equilíbrio entre desempenho profissional e bem-estar pessoal. “Qual é o ponto de equilíbrio entre fazer o meu trabalho da melhor maneira possível e ainda assim conseguir ser feliz e cumprir com as atividades que me dão prazer e me preenchem?”, provocou a médica. A juíza do TRT-20 Marta Cristina dos Santos presidiu a mesa.
Em seguida, a magistrada Patrícia Maeda (TRT-15) apresentou o protocolo da Justiça do Trabalho com enfoque antidiscriminatório e interseccional. “A ideia é reconhecer que ainda existem algumas falhas no direito, no que diz respeito ao acesso à justiça de alguns grupos minorizados na sociedade, e trazer todo um arcabouço teórico e normativo para os nossos magistrados e magistradas, servidores e servidoras, para que, no exercício diário do trabalho, todos consigam contribuir para que a gente efetive a justiça social”, afirmou. O juiz Pablo Souza Rocha, do TRT-20, foi o responsável por presidir a mesa.
Encerrando o primeiro dia, a juíza Ana Paula Sefrin Saladini (TRT-9), propôs uma reflexão sobre a “pobreza de tempo” e seus impactos na vida profissional das mulheres, especialmente no contexto do mercado de trabalho, com o tema ‘Trabalho Invisível de Cuidado e Discriminação de Gênero’. “Nós, como juízes do trabalho, precisamos enxergar que, por trás daquela pessoa que é trabalhadora e que vem para o Judiciário, existe alguém que também tem uma família, tem responsabilidades, precisa de tempo para se dedicar a isso, e que isso pode repercutir na vida profissional dele ou dela também, especialmente dela”, destacou. A mesa foi presidida pelo juiz José Ricardo de Almeida Araújo, do TRT-20.
Participação
Estiveram presentes no evento, além de magistrados(as), servidores(as) e estagiários(as), os desembargadores Josenildo dos Santos Carvalho (presidente do TRT-20), Vilma Leite Machado Amorim (diretora da Ejud-20), Maria das Graças Monteiro Melo, Rita de Cássia Pinheiro de Oliveira, Fabio Túlio Correia Ribeiro (vice-presidente do TRT-20), Jorge Antônio Andrade Cardoso e José Augusto do Nascimento, bem como o presidente da Amatra XX, magistrado Carlos João de Gois Junior, e a coordenadora da Ejud-20, magistrada Flávia Moreira Guimarães Pessoa.
Por Ascom TRT/SE