Magistrados se reúnem em Brasília para definir estratégias de conciliação
- Publicado: Quarta, 04 Novembro 2009
acontecerá em todo o Brasil no período de 7 a 11 de dezembro, é o tema
de reunião de trabalho do Movimento pela Conciliação, que está sendo
realizada nesta quarta-feira (04/11), na Escola de Magistratura
Federal da 1ª Região, em Brasília. O encontro reúne juízes
responsáveis pelas atividades de conciliação nos tribunais
brasileiros. Na abertura do encontro, que teve a presença do
secretário-geral do Conselho Nacional de Justiça, Rubens Curado, a
conselheira Morgana Richa, presidente da Comissão de Acesso à Justiça
e Cidadania do CNJ, disse que para este ano, a expectativa é de
resultados ainda melhores do que o ano passado à medida que se possa
trazer para a conciliação uma somatória de esforços de todo o
Judiciário brasileiro.
Para a conselheira, "a conciliação é uma cultura e, no Brasil, a
cultura é do litígio". Ela exemplificou com números: lembrou que em
2008, 70 milhões de processos passaram pelo Judiciário. "Embora isso
demonstre confiabilidade na instituição, ao mesmo tempo mostra que há
um excesso de demandas e que é necessário estabelecer uma cultura em
que as partes, orientadas pelo Judiciário, podem encontrar uma solução
em que todos ganham". Para este ano, segundo a conselheira Morgana
Richa, "o foco será a profissionalização dos trabalhos para a
eficiência dos resultados". A reunião tem ainda a participação de
assessores de comunicação do Judiciário voltados para ampliar a
divulgação das atividades da conciliação.
Parcerias - A expectativa para a 4ª Edição da Semana Nacional da
Conciliação deste ano, é de um resultado bastante positivo devido aos
inúmeros convênios firmados com o CNJ e várias instituições como
bancos, empresas de telefonia e até o Serviço Brasileiro de Apoio às
Micros e Pequenas Empresas (Sebrae) possibilitando uma política
pública de acesso à Justiça para micro e pequenas empresas. A Semana
Nacional da Conciliação foi criada em 2006, com o objetivo de abreviar
o tempo para a solução de litígios e prevenir a instauração de
demandas já que no Judiciário, há um excesso de processos, o tempo
para a solução do processo ainda é longo, além do custo do processo,
que é muito alto.
Para o desembargador Marco Aurélio Buzzi, integrante do Comitê
Executivo do Movimento pela Conciliação, as parcerias que o CNJ vem
realizando tem sido de extrema importância para o resultado da Semana
Nacional da Conciliação. Entre as parcerias realizadas pelo CNJ está o
com a Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) para a redução de
litigiosidade, a conciliação e a implantação de meios alternativos de
solução de conflitos com as indústrias. Também já foi realizada com
várias prefeituras parcerias para agilizar a cobrança de débitos de
dívida ativa. O mesmo com as Procuradorias de Fazenda. O objetivo
dessas parcerias é facilitar a cobrança dos créditos fiscais ainda
antes da inscrição do processo administrativo. Só no município de
Florianópolis existem 154 mil execuções de IPTU. Para o desembargador
Marco Aurélio Buzzi "a conciliação deve ser trazida para a rotina do
Judiciário o ano inteiro", com meios alternativos de resolução de
conflitos, como preconiza o CNJ.
Fonte: Agência CNJ de Notícias