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Gestores participam de congresso sobre liderança

Gestores do Tribunal Superior do Trabalho, do Conselho Superior da Justiça do Trabalho e dos Tribunais Regionais do Trabalho participaram, na última sexta-feira (21), do II Seminário Excelência em Gestão e Liderança, realizado no Centro Internacional de Convenções do Brasil, em Brasília. O evento reuniu alguns dos principais pensadores brasileiros contemporâneos, que destacaram as transformações observadas na sociedade e o impacto das mudanças na gestão de pessoas.

O diplomata Marcos Troyjo abriu o evento destacando que o mundo vive um momento de “desglobalização”, em que críticas à democracia e ao livre comércio vêm de sociedades ditas democráticas. Para exemplificar, citou a saída do Reino Unido da União Europeia, após anos de mercado comum. Outra tendência é a migração do eixo econômico do Atlântico (Estados Unidos/Europa) para o Pacífico (China). Isso porque países asiáticos vêm investindo há décadas em tecnologia, propiciando a chamada 4a Revolução Industrial.

“Essa será a nova era do talento. A tecnologia vai afetar nossa existência orgânica. Não fará mais sentido falar em setores. O talento que se buscará não são especialistas ou generalistas, mas sim os megacompetentes, os capazes de construir conexões entre os vários ramos do saber”, enfatizou.

Liderança

Ao falar do “futuro da liderança”, o especialista em estratégia Oscar Motomura também estabeleceu conexões entre o mundo digital e a gestão de pessoas. “Nunca vivemos em um momento como hoje, em que o indivíduo tem tanto poder”, afirmou, lembrando que, com isso, está se formando uma cultura de queixa e reclamação, quando o ideal seria uma cultura pró-soluções.

Como parte da programação, Motomura também participou de almoço com servidores da Justiça do Trabalho. Na ocasião, foram lembradas as ações de combate ao assédio moral que estão sendo planejadas no âmbito do TST. O especialista avaliou que a proposta vai ao encontro do papel pacificador dos tribunais. “Vocês são peace makers, ou seja ‘fazedores de paz’. O que a gente mais precisa é unir o país e as pessoas. Para assegurar harmonia e paz na sociedade, tem que garantir que elas existam primeiro na organização”, disse.

Engajamento

O consultor, empresário e escritor Eduardo Tevah abordou o tema “Gestão de Pessoas, Motivação, Integração e Liderança”. Ele destacou que o objetivo principal das organizações deve ser se tornar centros de excelência, com processos estruturados e pessoas engajadas. “O desafio é o engajamento”, enfatizou.

Segundo o palestrante, pesquisas apontam que 70% dos fatores que estimulam o engajamento são comportamentais, como qualidade da liderança, reconhecimento, senso de propósito e sensação de pertencimento. Por isso, os gestores devem lembrar sempre de ouvir as pessoas e incentivar a participação no planejamento das atividades, com metas claras e negociadas. Além disso, o feedback deve ser fornecido continuamente para que os colaboradores possam saber em que podem melhorar.

Equilíbrio

Último palestrante do congresso, o filósofo Leandro Karnal iniciou sua participação falando de equilíbrio, principalmente para o gestor. Os líderes, segundo ele, devem trabalhar com perspectiva. “Deixar de ser comandando pelo momento significa aprender com o erro. Ignorar o erro é uma atitude infantil”, assinalou.

Para Karnal, também faltam foco e concentração nos ambientes corporativos. “É a racionalidade estratégica. Ter foco, ser eficaz no que se está fazendo. Uma coisa de cada vez. Um fator que leva ao fracasso é fazer tudo ao mesmo tempo”, finalizou, acrescentando que as pessoas também precisam do ócio criativo e de momentos de “desintoxicação tecnológica”.

Fonte: CSJT