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Na manhã desta sexta-feira, 24/05, o Tribunal Regional do Trabalho da 20ª Região, através do Programa de Combate ao Trabalho Infantil, realizou uma sessão especial para a exibição do filme que conta a trajetória de vida de Almir de Picolé. O evento reuniu magistrados, servidores, terceirizados, instituições parceiras e alunos de ensino médio do SESI.

A desembargadora presidente e corregedora do Tribunal Regional do Trabalho da 20ª Região, Vilma Leite Machado Amorim, saudou aos presentes com um breve discurso em que destacou o trabalho realizado pelo Fórum de Erradicação Infantil e a importância da continuidade de programas que combatam esse problema. “Há 20 anos aqui em Sergipe foi instaurado o Fórum de Erradicação do Trabalho Infantil e Proteção do Trabalhador Adolescente. À época eu era procuradora do Ministério Público do Trabalho. Muito já foi feito, porém, este assunto ainda não está encerrado. Nós temos, ainda, muitas crianças sendo exploradas em trabalhos insalubres, nas ruas, nas feiras, em carreiros, crianças criadas em lixões”, salientou.

Para o gestor do Programa de Combate ao Trabalho Infantil, o desembargador João Aurino Mendes Brito, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) deu um passo fundamental ao instituir o programa, mas que cabe também a população despertar a consciência para combater o grave problema social.
“O programa foi criado pelo TST com o apoio do Ministério Público do Trabalho, com a OAB Nacional e muitas outras organizações vindas da sociedade, que se somam para fazer esse enfrentamento, objetivando desenvolver as mais variadas ações tendentes ao combate dessa coisa terrível, cujos efeitos a gente sequer pode avaliar”.

Também gestor do Programa, o juiz do Trabalho Antônio Francisco de Andrade ressaltou o papel de cada um para a erradicação do trabalho infantil e o exemplo de vida dado por Almir do Picolé. “Almir é um exemplo que deve servir de inspiração para todos nós. Ele nos mostra que cada um de nós pode fazer alguma coisa para ajudar, seja em ideias, nas nossas atividades, no nosso dia a dia, na nossa comunidade, podemos nos empenhar para solucionar esse problema”, disse.

O servidor da Secretaria de Tecnologia da Informação e Comunicação (Setic), Felipe Menezes Moraes, destacou a importância da iniciativa e a coerência com a campanha de humanização lançada pela atual gestão. “Foi muito importante para sensibilizar e despertar nos servidores que cada um pode ajudar um pouco. Hoje em dia as pessoas estão tão individualistas e ver a história dele, como a sua vontade de ajudar ao próximo é natural, sensibiliza muito e faz com que a gente repense um pouco a nossa vida, que podemos ter um olhar diferenciado ao próximo”, destacou o servidor que parabenizou a administração pela exibição do filme.

O Filme

A história de vida de Almir Almeida Paixão, mais conhecido como Almir do Picolé, idealizador de um dos mais bonitos projetos sociais de Sergipe, foi contada através de um longa-metragem dirigido pelo jovem cineasta sergipano David Kleiton, que já foi voluntário na creche do Almir. O filme retrata desde o passado de abandono, aos cinco anos de idade, até a conquista do terreno para erguer o seu projeto social.

“Produzir a história do Almir não foi fácil. Existe uma responsabilidade muito grande, principalmente por eu ser jovem, e pela dificuldade em conseguir acesso para patrocínio e recursos. Minha equipe e eu fizemos o que pudemos para contar a história de um homem simples que tem a sua vida voltada para a caridade. Todo mundo conhece o Almir lá do semáforo, mas ao sentar com ele e destrinchar a história dele, vi que merecia um filme. O que ele passou e o que ele faz hoje é heroico”, enalteceu o cineasta, que agradeceu ainda ao TRT por abraçar a causa e o filme, que destinará parte da arrecadação ao projeto de Almir. “Pouca gente sabe, mas Almir não ajuda apenas as crianças da creche. Mas também ajuda as famílias da comunidade da Piabeta”.

Presente na exibição, Almir relembrou e agradeceu ao TRT pela homenagem que recebeu, em 2015, e pela parceria.“É um prazer vir ao TRT divulgar o meu filme. É uma história de fazer chorar. Mostra desde o sofrimento da minha infância até a creche que eu fundei. Nasci para ajudar aos pobres”, declarou.