Mediação e conciliação de conflitos coletivos do TST é apresentada para desembargadores dos TRTs
- Publicado: Terça, 20 Agosto 2019
O vice-presidente do TST e do CSJT, ministro Renato de Lacerda Paiva, reforçou a importância da mediação pré-processual em dissídios coletivos.
Experiência de mediação e conciliação de conflitos coletivos pela vice-presidência do Tribunal Superior do Trabalho (TST). Esse foi o tema de evento promovido pelo Tribunal Superior do Trabalho e pelo Conselho Superior da Justiça do Trabalho, na última quinta e sexta-feira (15 e 16 de agosto), em Brasília, que visou compartilhar experiências e informações de mediações pré-processuais com presidentes e corregedores dos 24 Tribunais Regionais do Trabalho.
O vice-presidente do TST e do CSJT, ministro Renato de Lacerda Paiva, explicou que o modelo de mediação pré-processual em dissídios coletivos é recente, implantado pelo Ato TST.GP 168/2016 e pela Resolução CSJT 174/2016, e que vários tribunais implementaram e trabalham com o modelo. “Por isso pensamos em criar esse módulo para capacitação e troca de experiências, pois essa é uma área nova para todos nós", comentou.
O ministro ainda explicou que a vice-presidência realiza mediações prévias à distribuição dos processos. Devido a essa ordem de funcionamento, a conciliação e mediação são os primeiros instrumentos procurados pelas partes para a solução de conflitos. "Entendo que o exercício jurisdicional é incompatível com a mediação. Por isso, a vice-presidência não realiza mediação após distribuir os processos de dissídio coletivo".
Protocolo de Mediação e Conciliação
Os desembargadores assistiram à palestra sobre o Protocolo de Mediação e Conciliação da Vice-Presidência do TST, apresentada pelo juiz auxiliar da vice-presidência do TST e do CSJT Rogério Neiva Pinheiro O protocolo objetiva sistematizar a condução do procedimento e servir de orientação para os 24 TRTs lidarem com os processos envolvendo as categorias coletivas nos estados a fim de resolver o conflito antes que ele se instaure.
Durante o módulo "Modelos de negociação", foram apresentados conceitos básicos para entender os processos de negociações e compartilhou técnicas de para tentar solucionar os conflitos. "Nossa prioridade é trabalhar com abordagens de negociações cooperativas ou integrativas, procurando trabalhar com ferramentas de análises que nos ajudam a identificar interesses e posições, não só para buscar alternativas viáveis, bem como para traçar a melhor estratégia de busca do consenso", explicou o juiz.
Também foi realizada uma visita ao espaço institucional do TST destinado as audiências de mediação e conciliação. O ministro Renato de Lacerda Paiva explicou que o local apresenta condições ambientais para o bom desenvolvimento de um diálogo na busca de uma conciliação. “Nós criamos um ambiente de acolhimento, com uma sala dedicada para as partes para que eles se sintam à vontade”, disse o ministro.
Comunicação social
A secretária de Comunicação Social do TST, Patrícia Resende, ministrou a palestra “Como a Comunicação Social pode contribuir com a solução de conflitos coletivos de trabalho”. Na sua exposição, ela destacou a importância da comunicação como área estratégica que pode auxiliar na resolução de conflitos e na divulgação de uma pauta positiva do papel da Justiça do Trabalho.
Segundo Patrícia Resende, a comunicação dos tribunais dispõe de diversas ferramentas que podem auxiliar a conciliação, como a divulgação dos acordos no site oficial, o contato direto com os veículos de imprensa, além da transmissão e divulgação de informações por redes sociais, rádio e televisão. Para ela, se bem utilizadas, os mecanismos de comunicação institucional podem facilitar a compreensão das propostas, combater a desinformação e fazer com que as propostas de Acordos Coletivos de Trabalho (ACT) cheguem ao conhecimento das bases. “Nosso papel é evidenciar a atuação da Justiça do trabalho na garantia de serviços essenciais”, completou.
Fonte: CSJT