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Carnaval, Equidade e Respeito!

No Carnaval, maior manifestação cultural do País, foliões vão às ruas com seus bloquinhos, usando trajes irreverentes ao som de marchinhas; passistas vão às avenidas com suas organizadas escolas de samba e suntuosas alegorias. É momento de festa e de alegria: cada um pode brincar com a fantasia que quiser; cada um pode ser o que quiser.

Contudo, é nessa mesma época que questões como assédio e violência de gênero merecem mais atenção. Como forma de manifesto, por exemplo, muitas mulheres por todo o País utilizarão tatuagens dizendo “Não é não!”, numa campanha contra o assédio nos blocos. O que se espera é que os homens entendam (e respeitem) que não devem (e não podem) ir além quando a mulher não permitir a continuidade. Em resumo, a brincadeira é permitida, o abuso não!

E com relação aos transgêneros (pessoas que têm uma identidade de gênero que difere do do seu sexo de nascimento), que máxima utilizar? “Não, eu não sou o que você quer que eu seja!”; “Não é fantasia; sou o eu real!”; “Sim, eu sou trans!”; ou, mais enfaticamente, “Sou trans sim… E daí?”.

O debate sobre a questão tem se intensificado nos últimos anos. Reforça-se a importância de garantir justiça, dar iguais oportunidades e respeitar os direitos das pessoas, independentemente de seu gênero. Esse processo envolve a equidade de gênero, garantindo-se o respeito à diversidade, às mulheres e aos LGBTQI+.

Mas, o que é gênero? A sua definição não é tão simples assim. Envolve vários significados, tais como "os caracteres convencionalmente estabelecidos" ou "as atividades habituais decorrentes da tradição", segundo o renomado Aurélio, dicionário da língua portuguesa. Para Judith Butler, autora de ‘Problemas de Gênero – Feminismo e Subversão de Identidade’, “gênero é uma construção social, sendo algo a ser formado ao longo dos anos”. Enquanto Beauvoir, em seu livro ‘O Segundo Sexo defende: “não se nasce mulher, se chega a sê-lo”.

Portanto, neste Carnaval (como em todos os dias do ano), não se deve tolerar o assédio. Deve-se, ao contrário, aprender a conviver com a diversidade, cultivando e difundindo o respeito à pessoa humana, independentemente do gênero ou da orientação sexual.

Afinal, na vida e na folia, respeito é bom e todos gostam!

Ascom/TRT20

* Conheça a Política de Equidade do TRT da 20ª Região.