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Representando o Tribunal Regional do Trabalho da 20ª Região (TRT-20), o juiz auxiliar da 7ª Vara do Trabalho, Fabrício de Amorim Fernandes, participou da abertura da mesa redonda “Transtorno Mental Relacionado do Trabalho: Atenção integral à saúde mental do(a) trabalhador(a) e formas de prevenção ao suicídio”, realizada na manhã desta terça-feira, 26/9, no auditório da Secretaria de Estado da Saúde de Sergipe (SES).

O evento foi uma parceria do Grupo de Trabalho Interinstitucional da 20ª Região (Getrin-20) com a Secretaria de Estado da Saúde (SES), com a Escola Pública do Estado de Sergipe (ESP) e com a Fundação Estadual de Saúde (Funesa), em alusão ao Setembro Amarelo.

Compuseram a mesa de abertura, o diretor de Vigilância em Saúde da SES, Marco Aurélio de Oliveira Gois; o juiz do TRT-20 Fabrício de Amorim Fernandes e a professora doutora do curso de medicina da Universidade Federal de Sergipe (UFS), Campus Lagarto, Cátia Maria Justo.

Em sua fala, o juiz Fabrício Amorim destacou importância sobre a discussão com foco na prevenção do suicídio no trabalho. “Existe uma relação grande entre os temas trabalho e suicídio. O trabalho contribui para identificar nossa constituição como ser humano, já que é nele que passamos mais tempo de nossas vidas, com quem e onde nos relacionamos. E o suicídio, se pensarmos como um processo de adoecimento que acaba colapsando as bases da individualidade, corrói vários pilares e um deles é o trabalho. É preciso unir esforços para contribuir e combater estereótipos, preconceitos e disseminar conhecimento. À medida que compreendemos o suicídio, a prevenção desse processo de adoecimento, no intuito de não chegar ao ápice trágico, fica mais fácil”, sintetizou o juiz Fabrício Amorim.

O diretor de Vigilância em Saúde da SES, Marco Aurélio de Oliveira Gois, alertou para o aumento do número de casos de distúrbios mentais nos últimos anos, que interferem na vida laboral do ser humano e que podem levar a formação de ideia suicida ou depressão. “Isso é preocupante e não é enfrentado apenas por trabalhadores da saúde, mas de qualquer outra área. É preciso unir entidades da sociedade civil organizada, entes públicos e toda a população para combater esse mal, que pode atingir qualquer um de nós”, salientou.

A professora Cátia Maria Justo destacou a importância da abordagem dos determinantes sociais no adoecimento. “Uma sociedade desigual como a nossa, com desemprego, trabalhos precários, com perdas de direitos trabalhistas, sobrecarga e metas abusivas têm proporcionado o aumento crescente de transtornos mentais no trabalho. Em Sergipe o quadro é subdimensionado pela subnotificação. O enfrentamento intersetorial é fundamental. Como dizia o poeta ‘Vamos precisar de todo mundo para banir do mundo a opressão’”, pontuou.

Em seguida, aconteceu também uma esquete apresentada pelo grupo teatral DIBEM, a partir de uma perspectiva fundamentada na vigilância dos cuidados com a saúde mental do ser humano.

Foram tratados na mesa redonda, os temas: “Saúde Mental no Trabalho e Prevenção ao Suicídio, como Política Pública de Saúde”, pelo psicólogo da SES, Elder Magno; “Perfil sociodemográfico das pessoas que cometeram lesões auto-provocadas e suicídio em Sergipe”, pela responsável técnica do SES, Patrícia Lima e “A Rede de Atenção Psicossocial de Sergipe: acolher salva vidas”, abordado pela responsável técnica da SES, Suely Neves.

O Getrin-20 é coordenado pela vice-presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 20ª Região (TRT-20) e gestora regional e nacional da Região Nordeste do Programa Trabalho Seguro, desembargadora Vilma Leite Machado Amorim.

Texto e Fotos: Tíffany Tavares
(Ascom TRT-20)