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O Juízo Auxiliar de Execução (JAE) do TRT de Sergipe acaba de solucionar novos processos em arquivo provisório. Através de um trabalho minucioso de pesquisa e entrega de notificação, o JAE  localizou mais três trabalhadores que aguardavam há anos o pagamento das verbas rescisórias. Os ex-empregados envolvidos nas ações estiveram no tribunal para receber os alvarás de pagamento. 

As ações eram tidas como "perdidas" pelos trabalhadores e chegaram em boa hora. A primeira localizada foi a professora aposentada Nadja Corrêa Soares, que recebeu em sua residência a notificação enviada pelo JAE. O processo, movido contra o Colégio Miguel de Cervantes,  começou em 2001 e teve solução positiva.

A professora, que tinha como certo o não recebimento das verbas, receberá cerca de R$ 5.000,00 reais. "Estava esperando sair esse dinheiro, mas sem esperanças pelo tempo que estava aguardando. Sinto que vocês estão fazendo um trabalho que resgata um pouco da dignidade da gente e me faz acreditar novamente na justiça", diz Nadja.

As histórias de Antônio Marcos Paixão e José Pereira Santos tiveram final feliz. Eles moveram um processo, há 11 anos, contra a empresa  Indústria de Telhas de Sergipe e foram também localizados pelo JAE, que acaba de entregar aos dois os alvarás judiciais. "Chegou uma carta da Justiça do Trabalho para mim e não sabia direito como lidar com a situação. Graças a um amigo da comunidade, o Gildo, fiquei inteirado da situação através da advogada", conta  Antônio Marcos.

Os ex-trabalhadores receberão, cada um, uma quantia de R$ 697,82 reais. "Esse dinheiro veio em um ótimo momento, pois não tinha dinheiro para comprar o enxoval do meu filho que está para nascer. Só temos a agradecer ao pessoal do TRT pelo interesse em resolver nossos casos", revela José Pereira.

A advogada trabalhista Cláudia Maria da Silva, responsável pelas duas ações, acompanhou todo o trabalho do Juízo de Execução e faz elogios à unidade. "Esse é o segundo processo que consigo resolver após anos de espera. O trabalho do JAE está sendo muito importante, louvável e digno de muitos aplausos", afirma Cláudia.
 
Pesquisa

A unidade do Juízo Auxiliar de Execução foi criada como núcleo de apoio às varas do trabalho e com o objetivo de agilizar o andamento de processos em fase executória, além de realizar pautas especiais para conciliação na execução. Desde sua criação, o JAE tem solucionado casos de ações em arquivo provisório que datam dos anos 80.

A procura pelas pessoas que estão envolvidas nos processos é feita, primeiramente, na forma tradicional, através de notificação e busca do oficial de justiça no endereço contido nos autos. Em grande parte dos casos, as pessoas mudam de residência e a localização fica mais difícil, dificuldade resolvida através de pesquisa na internet e do famoso "boca a boca", no local onde as pessoas envolvidas residiam.

Fotos: Ascom_TRT20