Novo presidente do STF defende Justiça mais rápida e igual para todos
- Publicado: Sexta, 23 Novembro 2012
| |
Foto: Gilmar Ferreira / Agência CNJ |
Barbosa tomou posse na presidência do CNJ e do STF em cerimônia que contou com a presença da presidenta da República, Dilma Rousseff, e dos presidentes da Câmara dos Deputados, Marco Maia, e do Senado Federal, José Sarney, além de conselheiros do CNJ e de diversas autoridades dos três Poderes da República. Na ocasião, o ministro Ricardo Lewandowski tomou posse como vice-presidente do STF.
É preciso ter a honestidade intelectual para reconhecer que há grande déficit de Justiça entre nós. Nem todos os cidadãos são tratados com a mesma consideração quando buscam a Justiça. O que se vê aqui e acolá é o tratamento privilegiado, criticou Barbosa. Para o novo presidente, a noção de Justiça deve ser indissociável da noção de igualdade.
A razoável duração do processo foi outro princípio defendido pelo ministro. Em seu discurso, ele ressaltou a urgente necessidade de mudar o atual cenário do Judiciário, no qual processos se acumulam nas prateleiras de magistrados e se arrastam por dezenas de anos até a conclusão. A Justiça que falha impacta direta e negativamente sobre a vida do cidadão. Necessitamos de maior aprimoramento da prestação jurisdicional para tornar efetivo o princípio da razoável duração do processo, observou.
Nova magistratura O ministro Joaquim Barbosa também defendeu postura independente para os magistrados que, conforme enfatizou, devem ser guiados por valores éticos e pelo caráter laico de sua missão. É preciso reforçar a independência do juiz, afastá-lo, desde o ingresso na carreira, das nocivas influências que possam minar sua independência, declarou.
Barbosa lembrou ainda que o magistrado deve estar atento aos anseios da sociedade e disse ser coisa do passado a postura alheia às demandas do meio no qual está inserido. O juiz é produto do seu meio e de seu tempo, nada mais ultrapassado que o modelo de juiz isolado, fechado, como se estivesse encerrado em uma torre de marfim, frisou.
Joaquim Barbosa é o sexto presidente do CNJ, desde a criação do órgão em 2005. No Conselho, ele já presidiu algumas sessões plenárias, na ausência do antigo presidente, ministro Ayres Britto. Também foi o primeiro vice-presidente do STF a participar de um encontro nacional do Judiciário, ocasião em que os presidentes dos 91 tribunais brasileiros definem as metas e prioridades para a Justiça brasileira. Na próxima terça-feira (27/11), o ministro presidirá a 159ª sessão plenária do CNJ, já no cargo de presidente do Conselho.
Fonte: Mariana Braga / Agência CNJ de Notícias