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TRT-SE celebra o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha

Nesta sexta-feira, 25 de julho, é celebrado o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, uma data que convida à reflexão sobre a trajetória, os desafios e as contribuições das mulheres negras na construção de uma sociedade mais justa e inclusiva. No Brasil, a data também reverencia a líder quilombola Tereza de Benguela, símbolo de luta contra a escravidão e por direitos do povo negro.

As mulheres negras enfrentam inúmeros desafios na busca por igualdade de direitos e oportunidades. Racismo, machismo e exclusão social são fatores que ainda as afetam de forma desproporcional.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as mulheres negras constituem o grupo mais impactado pelas desigualdades sociais no país. De acordo com dados do segundo trimestre de 2024 da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgados pelo Dieese, elas possuem os menores rendimentos médios e enfrentam maior informalidade no mercado de trabalho. Além disso, dados do Atlas da Violência (Ipea/2023) mostram que mulheres negras são as principais vítimas de violência letal no Brasil.

Diante de tantos obstáculos, a data vai além de uma celebração: representa a resiliência e a força das mulheres negras, que têm ocupado posições de destaque em movimentos sociais, na defesa dos direitos humanos e na formulação de políticas públicas.

Criado em 1992 durante o 1º Encontro de Mulheres Negras da América Latina e do Caribe, realizado na República Dominicana, o Dia da Mulher Negra Latina e Caribenha tornou-se um marco internacional de resistência e conscientização. No Brasil, a data foi oficialmente incluída no calendário nacional por meio da Lei nº 12.987/2014, como o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra.

Tereza de Benguela liderou o Quilombo do Quariterê, situado na região do Mato Grosso. Sob sua chefia, o quilombo desenvolveu uma organização social, política e econômica própria, abrigando centenas de pessoas que haviam fugido da escravidão.

Compromisso institucional com a diversidade 

O Tribunal Regional do Trabalho da 20ª Região (TRT-SE) se une a essa celebração destacando a importância da luta das mulheres negras e de suas organizações no combate ao racismo, à desigualdade de gênero e à invisibilidade social.

Comprometido com a construção de uma sociedade mais igualitária, o TRT-SE atua, por meio do Programa de Equidade de Raça, Gênero e Diversidade na Justiça do Trabalho, instituído pela Resolução CSJT nº 368/2023, e do Subcomitê de Equidade e Diversidade, criado pelo Ato SGP.PR nº 063/2023, na promoção de ações e eventos voltados à Política de Equidade de Gênero, Raça e Diversidade. 

O Regional busca promover a representatividade e combater todas as formas de discriminação. A valorização das mulheres negras não se limita a uma data comemorativa: trata-se de um compromisso contínuo, sustentado pelo fortalecimento de políticas públicas e institucionais que assegurem dignidade, oportunidades e respeito.

Por Patricia Teles (Ascom TRT-SE)