• RSS
  • Youtube
  • E-mail
  • Facebook
  • Twitter
  • Instagram

 TRT-SE_participa_do_lançamento_da_Não_compre_essa_ideia__tráfico_de_pessoas_não_é_coisa_de_novela_DESTAQUE.jpg

O Tribunal Regional do Trabalho da 20ª Região (TRT-SE) participou, nesta segunda-feira, 28, do lançamento da campanha “Não compre essa ideia: tráfico de pessoas não é coisa de novela”, promovida pelo Ministério Público do Trabalho em Sergipe (MPT-SE), em parceria com o Instituto Social Ágatha. Esta é a terceira edição consecutiva da campanha, que tem como objetivo mobilizar a sociedade sergipana para o enfrentamento ao tráfico de pessoas e ao trabalho escravo

A abertura da campanha aconteceu no auditório do MPT-SE com a realização do I Fórum de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, reunindo representantes de Comissão Estadual de Erradicação do Trabalho Escravo em Sergipe (Coetrae/SE) para discutir o cenário atual e traçar estratégias conjuntas de prevenção e enfrentamento.

Representando o TRT-SE, o juiz Henry Cavalcanti de Souza Macedo ressaltou a importância do Dia Mundial de Combate ao Tráfico de Pessoas como um momento de alerta para a sociedade, pois o tráfico e o trabalho escravo ainda são vistos como problemas distantes, mas estão mais próximos do que se imagina, muitas vezes, afetando até pessoas conhecidas. Ele defendeu a união das instituições na luta contra essas práticas e reforçou a necessidade de vigilância e conscientização coletiva.

“A gente acha que é um mal que está muito distante, mas não é coisa de novela, está do nosso lado. Não podemos ser negligentes a ponto de colocar em risco a vida das pessoas”, afirmou o magistrado, que também é gestor regional do Programa Nacional de Enfrentamento ao Trabalho Escravo e ao Tráfico de Pessoas e de Proteção ao Trabalho do Migrante, no âmbito do TRT-SE, e membro do Coetrae/SE.

A campanha teve início no Sertão Sergipano, nos municípios de Monte Alegre, Poço Redondo, Porto da Folha, com o Grupo Raízes Nordestinas, levando, por meio do teatro, informações sobre o tráfico de pessoas. “Eles vão às feiras livres, vão a algumas escolas, vão à comunidade quilombola de Poço Redondo, lá na Serra da Guia. Lá a situação de trabalho e renda, a vulnerabilidade da comunidade é intensa e são pessoas que acabam sendo mais facilmente cooptadas”, informou o procurador do MPT-SE, Adroaldo Bispo. 

As atividades da campanha seguem até o dia 2 de agosto e, a partir desta terça-feira, 29, serão estendidas às escolas estaduais de ensino médio de Aracaju e de Nossa Senhora do Socorro, com a exibição de um vídeo educativo sobre o tema. “O objetivo é levar essas informações aos jovens, que vêm sendo aliciados pelas redes sociais e levados para países asiáticos, onde são escravizados. Lá, são obrigados a vender moedas eletrônicas falsas e produtos que nunca chegam aos consumidores. Com isso, os criminosos cometem dois crimes: escravizam os trabalhadores e enganam os consumidores”, detalhou Adroaldo.

A presidente do Instituto Social Ágatha, Talita Verônica da Silva, destacou o papel da informação como principal ferramenta de prevenção. “Neste ano, o foco está especialmente nas escolas, onde há um público jovem vulnerável, que passa muito tempo na internet, em jogos online e aplicativos, ambientes onde ocorre grande parte do aliciamento. Quanto mais pessoas souberem sobre o assunto, menos serão vítimas. O tráfico de pessoas se alimenta da desinformação, e a informação é, sem dúvida, o instrumento mais poderoso de combate”, afirmou.

O Fórum de abertura contou com o painel temático “Tráfico de Pessoas: realidade, prevenção e rede de proteção”, conduzido pela professora doutora Flávia de Ávila, especialista da UFS, e por Paulo Evangelista dos Santos Neto, vice-presidente da Cáritas-SE. A programação incluiu, ainda, a apresentação dos resultados do programa Tradi – Trabalho Digno.

 

Por Daniele Machado (Ascom TRT-SE)