TRT-SE reforça a importância do Dia Nacional de Luta contra a Violência à Mulher

O Tribunal Regional do Trabalho da 20ª Região (TRT-SE), por meio do Programa Trabalho Seguro (PTS), reforça nesta sexta-feira, 10 de outubro, a importância de ações no Dia Nacional de Luta contra a Violência à Mulher. A data, criada em 1980, é um marco de mobilização que busca chamar a atenção da sociedade para a gravidade dos números da violência de gênero e para a importância do engajamento coletivo no enfrentamento ao problema.

De janeiro a julho de 2025, a Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180 registrou mais de 86 mil denúncias de violência contra mulheres. Em Sergipe, foram 624 denúncias formalizadas. O serviço gratuito, que contabilizou mais de meio milhão de atendimentos no período, mostra a dimensão da demanda por informação, acolhimento e proteção. Em agosto deste ano, o Ministério das Mulheres lançou o Painel de Dados do Ligue 180, de acesso público, com informações detalhadas sobre os tipos de violência, perfil das vítimas e agressores e o contexto das denúncias.

Neste ano, o TRT-SE materializou seu compromisso com esse enfrentamento por meio da campanha “Justiça por Elas: respeito, escuta e proteção”, promovida pelo Programa de Atenção às Magistradas e Servidoras. O objetivo da campanha foi reafirmar a responsabilidade institucional com a segurança e o bem-estar das mulheres, reforçando os procedimentos de acolhimento, as medidas de proteção e o papel da Ouvidoria da Mulher como espaço de escuta e encaminhamento.

Durante quatro semanas, o Tribunal veiculou matérias e postagens educativas em seus canais oficiais, envolvendo representantes institucionais na defesa da causa. Além disso, pôsteres e wallpapers foram distribuídos nos ambientes de trabalho, levando informações sobre os tipos de violência reconhecidos, os canais de denúncia e os serviços de acolhimento disponíveis.

História

A escolha do dia 10 de outubro não é por acaso: em 1980, mulheres ocuparam as escadarias do Teatro Municipal de São Paulo para protestar contra a escalada da violência de gênero no país. O movimento se transformou em símbolo de resistência e abriu caminho para avanços históricos, como a Lei Maria da Penha, sancionada em 2006. Reconhecida por 98% da população brasileira, a legislação consolidou a rede de atendimento especializado e segue sendo um dos instrumentos mais importantes na luta pela vida e pela dignidade das mulheres.

Por Daniele Machado (Ascom TRT-SE)