Discussões sobre a equidade de gêneros marcam comemoração do Dia Internacional da Mulher no TRT20
- Publicado: Sexta, 10 Março 2017
O Dia Internacional da Mulher foi lembrado e comemorado no TRT da 20ª Região com discussões sobre a equidade de gêneros e a participação da mulher no contexto social, familiar e corporativo. A homenagem aconteceu na manhã desta sexta-feira, 10/03/2017, no auditório do Tribunal. O desembargador presidente, Thenisson Santana Dória, deu início ao evento falando sobre a importância da luta das mulheres por melhores condições de vida, trabalho e, sobretudo, direitos.
A participação feminina no mercado de trabalho e a desconstrução dos papéis socialmente construídos para homens e mulheres foi tema da apresentação teatral do Grupo Arte em Ação, em que os atores retrataram cenas do cotidiano familiar e do meio ambiente de trabalho, com ênfase no empoderamento feminino. A comemoração do Dia Internacional da Mulher foi abrilhantada também com a apresentação do Coral 20ª Voz, que entoou músicas relacionadas à temática.
Embora idealizado para ser uma homenagem à mulher, o evento contou com a participação dos homens que atuam no TRT20 - magistrados, servidores e terceirizados -, uma vez que eles são parte importante na construção da igualdade, como ressaltou a chefe do setor de qualidade de vida, Cristina Aparecida Vieira Alves. “O caminho que a mulher percorre em busca de maior reconhecimento não é feito sem a participação do homem. Para que haja uma verdadeira igualdade de gêneros, essa caminhada deve ser feita lado a lado. Além disso, eventos como este melhoram a qualidade de vida no trabalho como um todo”, pontuou a servidora.
Para a presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da OAB/SE e presidente da Comissão Nacional de Gênero e Violência Doméstica do Instituto Brasileiro de Direito da Família, Adélia Moreira Pessoa, uma das palestrantes do evento, a data representa uma oportunidade de refletir sobre o caminho já percorrido pela mulher em busca da igualdade e sobre os desafios a serem enfrentados. “O 8 de março é importante, antes de tudo, para recontar a história da mulher e refletir sobre como implementar os direitos já postos na lei brasileira e em vários tratados internacionais. O Dia Internacional da Mulher não é apenas um dia de homenagem com flores. As flores nos são agradáveis, são lindas, mas não bastam. É necessária a reflexão”, disse.
A palestrante Valdilene Oliveira Martins, vice-presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da OAB/SE, lembrou que as construções de gênero são a base para a estrutura discriminatória e diferenciada entre homens e mulheres. “No seio familiar, a conduta da menina e do menino são reguladas por vetores diferentes. A criação da menina, desde o início, é pautada pelo cerceamento de direitos, enquanto a do menino é pautada pela extrema liberdade. Enquanto a educação for externada dessa forma diferenciada, em que não se cultua a equidade, nós iremos ter violência contra a mulher e discriminação, porque nessa criação existe a suposta supremacia masculina”, destacou a palestrante.
Para encerrar o evento, houve sorteio de brindes entre os participantes e coquetel.
Fotos: Jamisson Souza