Ministro Cláudio Brandão ressalta importância da uniformização da jurisprudência nos Tribunais
- Publicado: Quarta, 06 Junho 2018
O ministro do TST Cláudio Mascarenhas Brandão abriu, na última terça-feira (5/6), a rodada de palestras do segundo dia da 8ª edição do Curso de Formação Continuada em Administração Judiciária de Tribunais Regionais do Trabalho (CFC), promovida pela Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho (Enamat).
O ministro abordou o tema: “Gestão Judiciária: a Uniformização da Jurisprudência nos Tribunais”. O diretor da Enamat, ministro Vieira de Mello Filho, destacou a competência do ministro para discutir sobre o assunto. Mestre em Direito pela Universidade Federal da Bahia, Cláudio Brandão é autor de vários livros, entre eles o recente “Reforma do Sistema Recursal Trabalhista: Comentários à Lei n. 13.015/2014”.
A apresentação do ministro teve como base três questionamentos e que foram respondidos durante a palestra. A primeira, de que maneira a recorribilidade causa impactos na gestão jurídica dos Tribunais? A segunda, como compreender as mudanças provocadas pela nova reforma Trabalhista? E por fim, como uniformizar a jurisprudência após a Lei 13.467/2017. “O importante é ter uma jurisprudência uniforme, apesar das ideias divergentes da Corte, o fundamental é seguir de forma concreta o que já está definido”, disse.
O ministro também apresentou as caracterizas da atuação do poder judiciário, falou sobre a estrutura de cada órgão, as divisão de matérias e a repetição dos assuntos nos julgamentos. Cláudio Brandão apresentou dados relevantes que reforçaram a importância da uniformização de jurisprudência no âmbito da Justiça do Trabalho. “O meu objetivo aqui é trazer a reflexão de quem dirige os Tribunais. Só no ano passado, o TST recebeu mais de 206 mil pedidos de recursos dos Regionais”, disse.
No CPC – O ministro fez uma avaliação dos pontos positivos e negativos do Código do Processo Civil (CPC) e de sua eventual repercussão na atuação do juiz trabalhista. Cláudio Brandão ressaltou a autonomia do processo do trabalho, mas defendeu a aplicação supletiva e subsidiária de normas do novo CPC para suprir omissões da CLT e garantir a eficácia dos princípios que regem o processo trabalhista, nos termos do artigo 15 do novo Código._78I4308
O ministro finalizou a apresentação chamando a atenção sobre a responsabilidade que cada participante do curso têm nos dias atuais. “Nós somos o espelho do que ontem fizeram os nossos colegas, mas hoje a responsabilidade é nossa. Como presidentes, vice ou corregedores é muito relevante que mantemos a coerência interna e junto aos julgadores de primeiro grau”, finalizou.
O 8º CFC ocorrerá até a próxima quinta-feira (7/6) com a apresentação de módulos em que serão abordadas diversas formas de gestão: judiciária, sustentável, orçamentária, de pessoas e de contratos.
Fonte: Enamat