Palestras e projetos são destaques no VII Fórum de Gestão Estratégica do TRT20
- Publicado: Segunda, 16 Dezembro 2019
O VII Fórum de Gestão Estratégica, realizado na última sexta-feira, 13/12, foi palco de palestras e apresentação de projetos, que tiveram o objetivo de desenvolver o pensamento estratégico, promover a reflexão e motivar as pessoas para o alcance dos resultados planejados pela Instituição.
O evento, que aconteceu no Auditório do TRT20, também serviu de preparação para a revisão anual do Plano Estratégico Participativo (PEP) do Tribunal, que visa a atender metas nacionais do Poder Judiciário e específicas da Justiça do Trabalho.
Para a Desembargadora Presidente, Vilma Leite Machado Amorim, o Fórum representa o início do Pré-PEP, momento de diálogo e acolhimento de sugestões de magistrados, servidores e entidades parceiras, com foco na estratégia. “A partir do conhecimento sobre estratégia, atitudes propositivas podem ser tomadas, gerando, assim, engajamento. É dessa forma que os resultados almejados são alcançados. Esse é objetivo do Fórum, que é, antes de mais nada, um grande painel, para que as áreas possam então apresentar seus projetos, os quais auxiliam no desenvolvimento do trabalho de magistrados e servidores, colaborando para os índices de eficiência deste Tribunal”, destacou.
Inteligência Artificial
A primeira palestra, que teve como tema “Inteligência Artificial – Uma Visão Pragmática”, foi ministrada por Amilar Domingos Moreira Martins e Thiago Alencar Gomes, servidores do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Os palestrantes abordaram o campo de estudos multidisciplinar em que se configura a Inteligência Artificial (I.A). “Nesta palestra, envolvemos nossa experiência no caminho da inteligência artificial no Superior Tribunal de Justiça. Procuramos apresentar algumas ações desenvolvidas ao redor do mundo; alguns mitos que são formados sobre a inteligência artificial; e, também, as lições que aprendemos no decorrer do nosso trabalho no STJ, onde disponibilizamos algumas soluções em inteligência artificial para facilitar as atividades desempenhadas pelos servidores”, afirmou Amilar Martins.
A exposição também abordou a aplicabilidade da I.A na área jurídica, com o intuito de melhorar a eficiência do trabalho realizado por magistrados, servidores, advogados e assistentes jurídicos. “Procurei destacar aspectos mais técnicos e conceitos básicos na introdução do planejamento da inteligência artificial no STJ, o porquê de escolhermos a solução que temos hoje e como continuaremos a desenvolver esse projeto”, ressaltou Thiago Gomes.
Momento de Compartilhar
Após a palestra de abertura, foi realizado o painel “Diálogo sobre a Estratégia – Momento de Compartilhar”, no qual foram apresentados cases de sucesso já utilizados ou em vias de utilização pelo TRT20: digitalização por voz, ata dinâmica e painéis de produtividade.
A segunda fase do Fórum foi aberta pela exposição, pela Juíza Luciana Dória de Medeiros Chaves, do projeto “Digitação por Voz”, vencedor do Banco de Ideias 2019. “Essa é uma ferramenta gratuita disponível no Google, a qual trouxemos para o Tribunal com o auxílio da área de Informática, que fez algumas adequações solicitadas por nós. Hoje, não digitamos pelo menos 50% da audiência; com isso, reduzimos bastante o serviço, o desgaste e o tempo”, ressaltou a magistrada.
Na sequência, foi apresentado o projeto “Gemini”, por Marcos Barretto, secretário de TI do TRT20. “O foco foi mostrar uma solução que está sendo construída em conjunto por quatro Tribunais - TRT5, TRT7, TRT15 e TRT20 -, a qual é baseada em inteligência artificial e tenta melhorar a produtividade na produção de votos nos gabinetes de 2º grau. Em outra abordagem, destaquei o ‘Business Intelligence’, seus conceitos, e como está sendo aplicado na Justiça do Trabalho e aqui no TRT20”, enfatizou o secretário.
Ainda nessa fase, houve o compartilhamento da ata dinâmica, que contou com a participação da Desembargadora Presidente, Vilma Leite Machado Amorim; da juíza auxiliar da 6ª Vara, Gilvânia Oliveira de Rezende; e dos servidores Marcos Xavier Barretto, secretário de TI, e Carlos Everton Souza Lisboa, diretor da 6ª Vara.
“A ata dinâmica é uma ferramenta muito interessante, que colabora para o bom andamento dos processos do Tribunal. Como esse sistema, vemos toda a movimentação e o fluxo do processo do Pje, nas três fases - conhecimento, liquidação e execução -, além de outras telas que nos ajudam bastante. Essa ferramenta nos permite ver o que está acontecendo em todas as Varas, bem como onde está o congestionamento dos processos na Vara”, destacou a Desembargadora Presidente durante sua participação no “Momento de Compartilhar”.
Para a Juíza Gilvânia Oliveira de Rezende, a ata dinâmica auxilia na rotina e na otimização do fluxo de processos. “Com essa ferramenta, consigo administrar muito melhor o meu trabalho, pois acesso diariamente a ata dinâmica e visualizo os processos que estão atrasados. Com isso, direciono minhas ações para esses pontos que necessitam, naquele momento, de maior atenção. Assim, temos uma visão geral de como está o fluxo de trabalho na Vara, indo direto ao ponto, realizando uma espécie de correição diária e isso é ótimo!”, ressaltou.
“Destacamos a importância desses sistemas, que facilitam nosso trabalho no gerenciamento da unidade. Esse momento é muito importante, pois é um diálogo aberto sobre o que realizamos na prática e que pode ser de grande valia para os demais colegas”, disse Carlos Everton Souza Lisboa, diretor da 6ª Vara do Trabalho.
A Arte de Ser Leve
Por fim, os participantes acompanharam a palestra “A Arte de Ser Leve”, ministrada pela jornalista e autora Leila Ferreira. O bate-papo, repleto de estórias de vida e recheado de emoção, teve o intuito de levar a plateia a uma autorreflexão sobre o que realmente importa na vida.
Reconhecida como uma das mais cativantes e competentes jornalistas e escritoras de Minas Gerais, Leila já lançou cinco livros, incluindo o best-seller “A Arte de Ser Leve”, que já alcançou a marca de mais de 70 mil exemplares e acaba de ser publicado na Espanha.
A palestrante falou sobre relacionamento interpessoal na vida pessoal e no trabalho, destacando a importância da comunicação, da humanização e da experiência. Ela também reforçou a importância de cultivar a leveza do espírito, a gentileza e a educação.
“A vida é barra pesadíssima; a condição humana é precária; e que o tem engordado de forma assustadora é a alma, o espírito. Por isso, voltei minhas atenções a escrever e palestrar sobre a arte de ser leve. Internamente, estamos cada vez mais pesados, mais estressados, intolerantes, raivosos, e, por isso, essa necessidade de falar sobre a leveza do ser, que se faz cada vez mais necessária. Foi uma honra participar deste evento e poder falar sobre essas questões”, disse Leila Ferreira.