TRT-SE celebra o orgulho, a cultura e a resistência no Dia do Nordestino
- Publicado: Quarta, 08 Outubro 2025
Eita, que hoje é um dia arretado de bom! Nesta quarta-feira, 8 de outubro, o Tribunal Regional do Trabalho da 20ª Região (TRT-SE) se junta à comemoração do Dia do Nordestino, para valorizar a força de um povo que carrega na bagagem a riqueza da sua cultura, a diversidade e a resiliência.
O TRT-SE reforça seu compromisso em garantir que todos os trabalhadores vivam em um ambiente saudável, longe de preconceitos e bem pertinho dos valores de cada cidadão e cidadã que ajuda a construir a riqueza do nosso país.
Combate ao preconceito
Difícil acreditar que ainda exista abestado que menospreze nossas riquezas, sotaques, culinária e histórias. Mas, para quem insiste nesse caminho, a Justiça já deu o recado: o Superior Tribunal de Justiça (STJ) reconhece o preconceito contra nordestinos como racismo estrutural, ou xenofobia.
Isso significa que piadinhas, estereótipos negativos e discriminação podem, sim, gerar consequências:
- Lei nº 7.716/1989 (Lei do Racismo) – criminaliza a xenofobia;
- Lei nº 9.029/1995 – proíbe práticas discriminatórias nas relações de emprego.
No âmbito trabalhista, atitudes assim podem ser configuradas como assédio moral e dar direito à indenização por danos morais.
Justiça do Trabalho e equidade
Para combater esse e outros tipos de preconceito, a Justiça do Trabalho mantém o Programa de Equidade de Raça, Gênero e Diversidade. Aqui no TRT-SE, a gestão regional está sob a responsabilidade da desembargadora Maria das Graças Monteiro Melo e da juíza Júlia Borba Costa Noronha.
As ações do programa buscam promover equidade em diferentes dimensões: raça, gênero, etnia, orientação sexual, identidade de gênero, idade e também pessoas com deficiência, fortalecendo a inclusão e o respeito nas relações sociais e de trabalho.
Um dia para celebrar
O Dia do Nordestino foi instituído em 2009, por uma lei municipal de São Paulo, em homenagem ao poeta, compositor e cantor cearense Patativa do Assaré (1909-2002), um dos maiores símbolos da cultura nordestina. Poeta popular e repentista, Patativa retratava, em versos simples e cheios de lirismo, a vida árida e sofrida do sertanejo, sem deixar de exaltar sua força e resistência. Ganhou projeção nacional com o poema “Triste Partida”, musicado e gravado por Luiz Gonzaga em 1964, e teve sua obra traduzida para vários idiomas, chegando a ser estudada na Sorbonne, na cadeira de Literatura Popular Universal.
A criação da data veio da necessidade de reconhecer e valorizar a presença e as contribuições dos migrantes nordestinos em São Paulo e em outras regiões do Brasil. Com muito trabalho, luta e superação, eles tiveram papel fundamental no desenvolvimento das cidades e de suas culturas, deixando marcas profundas na história do país.
Por Daniele Machado (Ascom TRT-SE)