Ejud-20 inicia o XXX Curso Intensivo de Formação Continuada para Magistradas e Magistrados

A Escola Judicial do Tribunal Regional do Trabalho da 20ª Região (Ejud-20) iniciou, nesta segunda-feira, 10, o XXX Curso Intensivo de Formação Continuada para Magistradas e Magistrados (CIFCM 2025). O evento tem como objetivo atualizar e fortalecer a magistratura trabalhista, promovendo o aperfeiçoamento contínuo e preparando magistradas e magistrados para os desafios das transformações sociais e tecnológicas.

Realizado no Espaço de Capacitação e Inovação da Ejud-20, o curso segue até a próxima sexta-feira, 14, com a participação de magistradas, magistrados e palestras abertas também para servidoras e servidores. A programação da semana tem como base as diretrizes do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT).

A mesa de abertura foi composta pelo presidente do TRT-SE, desembargador Josenildo dos Santos Carvalho; pela diretora da Ejud-20, desembargadora Vilma Leite Machado Amorim; pela conselheira da Ejud-20, desembargadora Maria das Graças Monteiro Melo; pelo juiz e coordenador pedagógico da Ejud-20 e presidente da Amatra XX, Carlos João de Gois Júnior; e pelo presidente do TRT da 3ª Região (TRT-MG), desembargador Sebastião Geraldo de Oliveira, palestrante do dia.

Na oportunidade, a desembargadora Vilma Leite Machado Amorim ressaltou que o curso representa um momento de pausa nas atividades jurisdicionais, destinado à atualização e ao aprimoramento profissional. “É um período em que magistrados e magistradas param suas atividades nas varas e no tribunal para se capacitar, discutir temas atuais e se preparar ainda mais para o exercício da magistratura”, afirmou.

A diretora da Ejud-20 destacou também a importância da participação dos(as) servidores(as), considerando que o trabalho da magistratura está diretamente ligado ao deles(as). “Essa integração é essencial para o enfrentamento dos novos desafios nas relações laborais e para uma prestação jurisdicional mais humana e eficaz”, concluiu.

Durante a abertura, o presidente do TRT-SE, desembargador Josenildo dos Santos Carvalho, citou que a Ejud-20 é um espaço que vai além da formação técnica e jurídica. “A Escola Judicial deve ser um espaço de aconchego, de abraçar o colega, de perguntar como ele está. Precisamos desse convívio para fortalecer nossa equipe e aprimorar a prestação jurisdicional”, afirmou, enfatizando também o compromisso da instituição com a cultura da paz, o respeito mútuo e o espírito de colaboração, princípios fundamentais para o fortalecimento da Justiça do Trabalho.

O desembargador Sebastião Geraldo de Oliveira, palestrante convidado, abordou o tema ‘A implementação da era dos precedentes na Justiça do Trabalho – Questões polêmicas atuais sobre indenizações por acidente de trabalho ou doença ocupacional’. “Nosso objetivo é mostrar como se desenvolveu no Brasil a implantação da era dos precedentes. Antes, tínhamos uma jurisprudência persuasiva, não obrigatória. Agora, com a vinculação das decisões dos tribunais superiores, há mais estabilidade, segurança jurídica e previsibilidade para as partes”, explicou.

A programação também contou com a oficina “Letramento em Inovação no Judiciário Trabalhista”, ministrada por Welington Samuel da Silva Monteiro, assessor-chefe de Relacionamento e Inovação da Secretaria de Tecnologia da Informação e Comunicação do TST. Segundo o facilitador, a oficina buscou proporcionar aos magistrados uma vivência prática sobre inovação no setor público, com foco na identificação e solução de problemas reais. “Inovar é mais do que usar ferramentas, é adotar um novo modo de pensar, voltado à compreensão dos desafios antes da busca por soluções”, afirmou.

Welington destacou ainda o caráter dinâmico e colaborativo da atividade. “A oficina é mão na massa, é o momento de colocar o cérebro para trabalhar e desenvolver soluções a partir de problemas levantados pelos próprios participantes”, concluiu, ressaltando o orgulho e a motivação por ministrar, pela primeira vez, uma oficina voltada exclusivamente a magistrados.

Por Daniele Machado (Ascom TRT-SE)