XXX Curso Intensivo de Formação Continuada para Magistradas e Magistrados chega ao penúltimo dia
- Publicado: Quinta, 13 Novembro 2025

O quarto e penúltimo dia do XXX Curso Intensivo de Formação Continuada para Magistradas e Magistrados (CIFCM 2025), promovido pela Escola Judicial do Tribunal Regional do Trabalho da 20ª Região (Ejud-20), foi marcado por debates sobre segurança digital, julgamento com perspectiva de raça, gênero e classe e saúde mental no ambiente de trabalho. As atividades ocorreram nesta quinta-feira, 13, no Espaço de Capacitação e Inovação da Ejud-20, reunindo magistradas, magistrados, servidoras e servidores em um ambiente de aprendizado dinâmico e colaborativo.
A programação teve início com a palestra “Segurança da informação e proteção de dados: como prevenir ciberataques e vazamentos?”, ministrada por Éder Santana Freire, secretário da Secretaria de Tecnologia da Informação e Comunicação (SETIC) do TRT-20, e Alysson Messias da Silva, chefe do Setor de Gestão de Riscos e Conformidade da SETIC. A mesa foi presidida pela juíza Cristiane D’Ávila Ribeiro, titular da 5ª Vara do Trabalho de Aracaju.
Os palestrantes destacaram a importância da cultura de segurança da informação dentro do Poder Judiciário, abordando medidas preventivas contra incidentes cibernéticos. Também foram apresentados exemplos práticos de vulnerabilidades e estratégias institucionais adotadas pelo TRT-20 para proteger dados e sistemas.
De acordo com Alysson Messias da Silva, o cuidado com senhas e o uso de autenticação em dois fatores são práticas essenciais no dia a dia. “É preciso ter cautela. Assim como na vida real evitamos lugares desconhecidos, no mundo digital também precisamos ser cuidadosos com os acessos e conexões. O Tribunal tem investido cada vez mais em segurança da informação, adquirindo ferramentas e aprimorando processos para proteger os dados institucionais”, destacou.
Já Éder Santana Freire ressaltou a importância da conscientização e da capacitação do público magistrado sobre o tema. “É fundamental oferecer esse tipo de formação, pois sabemos que os magistrados têm rotinas muito intensas e pouco tempo para se aprofundar em questões técnicas. Buscamos apresentar os conceitos de forma didática e prática, com exemplos que facilitem a compreensão e despertem o interesse para a segurança digital no cotidiano”, afirmou.
Em seguida, a juíza Bárbara de Moraes Ribeiro Soares Ferrito, titular do TRT da 1ª Região, conduziu a palestra “Julgamento com perspectiva de raça, gênero e classe”, que teve como presidente de mesa a juíza Marta Cristina dos Santos, titular da Vara do Trabalho de Nossa Senhora da Glória.
A magistrada apresentou o Protocolo para Atuação e Julgamento com Perspectiva Antidiscriminatória, Interseccional e Inclusiva, emitido pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), destacando que o documento orienta juízas e juízes na atuação e julgamento dos processos, reconhecendo as diferentes realidades sociais das partes envolvidas.
Segundo Bárbara Ferrito, compreender essas perspectivas permite eliminar estereótipos e preconceitos ainda presentes nas práticas jurídicas. “O direito, por muito tempo, foi construído a partir da visão de um único grupo social. O protocolo nos convida a ampliar esse olhar e considerar outras experiências e sentidos de mundo, tornando o julgamento mais justo, inclusivo e humano”, explicou.
Encerrando a programação do dia, a procuradora do Trabalho Cirlene Luiza Zimmermann, coordenadora nacional da Coordenadoria de Defesa do Meio Ambiente do Trabalho (CODEMAT) do Ministério Público do Trabalho, ministrou a palestra “Meio ambiente do trabalho e saúde mental”, sob a presidência de mesa do desembargador Jorge Antônio Andrade Cardoso, do TRT da 20ª Região.
Cirlene destacou o crescimento dos adoecimentos mentais relacionados ao trabalho e a importância de identificar e prevenir os fatores de risco psicossociais nas organizações. “A saúde mental traz o desafio da invisibilidade — muitas vezes o sofrimento existe, mas não é perceptível. Por isso, é essencial compreender como as condições e a organização do trabalho podem gerar adoecimento e atuar preventivamente para evitá-lo. O foco deve ser sempre a prevenção e a construção de ambientes laborais saudáveis”, ressaltou.
O CIFCM 2025 prossegue até esta sexta-feira, 14 de novembro, com o encerramento da programação, que contará com novas atividades voltadas ao aperfeiçoamento técnico e humano da magistratura e do corpo funcional da Justiça do Trabalho de Sergipe.
Por Patricia Teles (Ascom TRT-SE)












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