Projeto analisa o impacto da implantação do PJe sobre a saúde de servidores e magistrados

O Setor de Saúde e Perícias, o Setor de Programas e Qualidade de Vida e o Setor de Acompanhamento e Avaliação da Coordenadoria de Gestão de Pessoas (CGP) vem realizando o Projeto Impacto, que visa acompanhar e avaliar os impactos da virtualização dos processos judiciais sobre a saúde de magistrados e servidores do Tribunal da 20ª Região.

Foram aplicados questionários junto aos servidores das varas da capital e do interior do estado de Sergipe e dos protocolos de primeiro e segundo graus da capital, antes e após a implantação do Pje, que avaliam sintomas de fadiga, estresse e da Síndrome Visual Relacionada ao Computador (SVC), com o objetivo de identificar tendências e mapear mudanças de padrão ao longo do tempo.

A presença de sintomas foi observada mesmo antes da implantação do Pje. Entretanto, a pesquisa revelou um aumento do número de servidores sintomáticos após a implantação do sistema, principalmente no que se refere a sintomas oftalmológicos, cansaço, dor nas costas e nos membros superiores, decorrentes do uso frequente do computador, e estresse.

"O estresse é uma reação natural e saudável de sobrevivência. Seu excesso, contudo, pode trazer danos à saúde e qualidade de vida. Já que não podemos eliminar grande parte das condições estressantes a que estamos submetidos na vida diária, o foco é saber administrar o estresse de forma a nos mantermos produtivos e saudáveis, com equilíbrio”, explica Tatiana Dourado, psicóloga do TRT20.

De acordo com a CGP, a partir dos resultados preliminares, foram implantadas ações preventivas de proteção à saúde dos servidores e magistrados usuários do Pje, como a recomendação da compra de colírios lubrificantes e hidratantes oculares, avaliação ergonômica dos postos de trabalho e a intervenção psicológica nos casos de estresse agudo diagnosticados, além dos cursos na área de Desenvolvimento Humano como os de "Inteligência Emocional e Resiliência" e de "Eneagrama e Relações Humanas".

“Sugerimos o uso do colírio como uma espécie de Equipamento de Proteção Individual. Não há regulamentação expressa, mas é algo inovador, que propomos com base nos fatores que provocam a Síndrome Visual, como o ressecamento ocular”, explica Márcia Virgínia. Segundo ela, o terceiro questionário revelou uma melhora dos sintomas visuais, depois de adotadas as medidas preventivas.

A partir do estudo, foi elencado no Planejamento Estratégico Participativo o i-Quali20, o Índice de Qualidade de Vida do TRT20. “Não existe um indicador proposto pelo CNJ ou pelo CSJT que meça a qualidade de vida dos servidores e magistrados. O i-Quali20 utiliza os dados obtidos através do Projeto Impacto e da Pesquisa de Clima Organizacional. São dados que, unidos, demonstram a qualidade de vida não só no trabalho, mas na vida em geral”, afirma a médica Márcia Virgínia.

Desde 2014 a aplicação dos questionários foi estendida a todos os servidores e magistrados do Tribunal visando o diagnóstico das condições de saúde de todo o corpo funcional e um melhor direcionamento as ações institucionais de promoção da saúde e da qualidade de vida no trabalho.

A CGP orienta aos servidores e magistrados que ainda não responderam aos questionários em 2015, que encaminhem-se ao setor de saúde para o preenchimento do inventário de sintomas de stress e clique aqui para responder o questionário sobre sintomas físicos. Mais informações podem ser obtidas nos ramais 8851 e 8823 com a psicológa Tatiana Dourado e a médica Márcia Vírginia.

Confira o estudo na íntegra.