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Seminário no TRT20 aborda aspectos discriminatórios

O TRT da 20ª Região promoveu na manhã desta quinta-feira, 22/09, o Seminário “Relações de Trabalho: Aspectos Discriminatórios”. O evento contou com as palestras "Violência contra a mulher: desafios e perspectivas da rede de proteção", ministrada por Grasielle de Carvalho, doutoranda em Direito Político e Econômico, e "A Discriminação e o preconceito em números e fatos", ministrada por Eduardo Pereira, doutorando em Direito Político e Econômico.

Grasielle de Carvalho apresentou questionamentos sobre a estruturação da rede de enfrentamento à violência contra a mulher no Brasil. “ A violência contra a mulher precisa ter visibilidade. O Brasil é o 5º país onde mais se mata mulheres no mundo, e é necessário que se faça um processo de sensibilização com a população, com os estudantes de direito, com as pessoas que trabalham na área jurídica, pois é um problema de todos e pode acontecer em qualquer local, em qualquer residência. É preciso se apropriar do que pode ser feito, caso aconteça essa violência contra a mulher, esclarecendo que caminhos podem ser seguidos para auxiliar essa vítima de violência”, disse.

Eduardo Pereira abordou a questão da discriminação com relação ao negro e os reflexos do racismo institucional. “Nosso objetivo é discutir como a sociedade se organizou após a libertação dos escravos e os índices dessa discriminação simbólica na atualidade”, explicou.

Dentro da programação do seminário houve ainda, o lançamento do livro de autoria de Ariel Salete de Moraes Júnior, juiz do trabalho titular da 6ª Vara do Trabalho de Aracaju. O livro "Acesso às Informações Genéticas do Trabalhador - Discriminação Genética e o Livre Consentimento Esclarecido" é resultado de uma pesquisa de mestrado.

“Quando eu elaborei o projeto do mestrado observei uma literatura pequena a respeito desse tema. Discutimos muito a respeito da discriminação com relação a sexo, raça, religião e não nos atemos às preocupações com situações decorrentes de avanços científicos e tecnológicos. Nessa pesquisa foi verificado que, mesmo de forma velada, a discriminação genética já acontece. Quando se tem acesso ao perfil genético de alguma pessoa, existe a possibilidade de se identificar se ela tem o potencial ou não, para desenvolver determinada doença. Se trazemos isso para o campo do emprego, uma empresa não quer contratar um trabalhador que tenha possibilidade de desenvolver determinado tipo de doença”, explicou Dr. Ariel Salete.

Fotos: Jamisson Souza