¿Flores e Cores¿ entra em cartaz no Espaço Cultural do TRT

Uma é advogada. A outra, designer de interiores. Juntas, porém, são como as faces de uma moeda. Assim são as artistas plásticas Neide Martins e Célia Henriques que, pela primeira vez, expõem no Espaço Cultural do TRT de Sergipe. A mostra, que recebeu o nome de "Flores e Cores", tem a curadoria de Genilson Brito e fica aberta à visitação até o dia 30 de setembro. "A exposição marca a chegada da Primavera, estação reconhecida pela forte presença das flores. E é justamente isso que prevalece no trabalho de Neide e Célia", diz Genilson Brito.

O convite, que partiu do próprio curador, as deixou bastante lisonjeadas. Desde então, no ateliê delas, o clima é de muito trabalho e expectativa. "Queremos apresentar ao público uma série de trabalhos alegres, repletos de cores e formas geométricas. Eu, particularmente, não gosto de nada bucólico, triste. Gosto de vida! Pra mim, arte é momento", diz Neide Martins, a mais espontânea das duas.

A maioria dos trabalhos é feita com tinta acrílica, mas a técnica mista também tem espaço garantido. Areia, botões, colagens, tudo é permitido para dar um efeito especial a cada obra. "Eu não sigo regras. Sou meio autodidata e um pouco sucateira. Pego as coisas e vou vendo no que vai dar", explica a doce e perfeccionista Celinha, como é carinhosamente chamada pelos mais próximos.

As artistas plásticas foram pupilas do professor Elias Santos. Em 2002, a dupla participou do tradicional Curso de Pintura promovido por ele na Galeria de Arte Álvaro Santos. Bastou esse empurrãozinho para elas enveredarem por entre tintas e pincéis. "Eu sempre fui uma admiradora das artes plásticas. Em casa, tenho telas de J. Inácio, Leonardo Alencar, Caã, Adauto, mas nunca tive tempo para me dedicar à pintura. Fui fazer o curso mais para incentivar Celinha a pintar e, de lá pra cá, não parei mais", conta a advogada.

A aracajuana Neide Martins Cardoso nasceu em 3 de fevereiro de 1955. Formada em Direito pela Universidade Federal de Sergipe, ela milita na área desde 1977. Já Célia Henriques Antunes nasceu em 12 de janeiro de 1957 e é de Propriá, terra de dois dos maiores pintores sergipanos, os irmãos Florival e Álvaro Santos. A extrema habilidade manual, como costuma dizer, vem de berço: a mãe é uma exímia costureira e o pai, topógrafo.

Fonte: Flávia Martins "jornalista"