Pesquisa revela hábitos dos brasileiros em relação ao uso de preservativo

Em campanha que busca incentivar a prevenção à Aids e a outras DSTs no período de carnaval, o Ministério da Saúde (MS) divulgou dados da Pesquisa de Conhecimentos, Atitudes e Práticas na População Brasileira (PCAP). Embora a população reconheça a grande importância do uso do preservativo, a prática de utilizá-lo em relações sexuais casuais se manteve estável: 52% em 2004, 47% em 2008 e 55% em 2013.

Segundo a pesquisa, que entrevistou 12 mil pessoas de 15 a 64 anos, 94% dos brasileiros sabem que a camisinha é melhor forma de se prevenir das DSTs e da Aids. Apesar disso, 45% da população sexualmente ativa do país não usou preservativo nas relações sexuais casuais nos últimos 12 meses. Outro dado relevante se refere ao número de pessoas que dizem ter tido mais de 10 parceiros sexuais na vida. O índice foi de 19%, em 2004, para 26% em 2008, chegando a 44% no ano de 2013.

É por isso que, para a campanha de carnaval deste ano, o MS optou por focar na prevenção combinada: camisinha + testagem + tratamento. O Sistema Único de Saúde (SUS) distribui testes rápidos para HIV e oferece tratamento gratuito para pacientes.

Camisinhas
Foram instalados, nos banheiros femininos e masculinos dos aeroportos de Santos Dumont, no Rio de Janeiro, Salvador e Recife, 34 displays para a retirada de camisinhas. Neste ano, além do Carnaval, a campanha será estendida, com adaptações, para festas populares - como São João e outros eventos - durante todo o ano.

Apenas para o período do carnaval, o Ministério da Saúde está distribuindo aos estados de todo país 70 milhões de preservativos. Ao todo, os estados já contam com estoque de 50 milhões de unidades para as ações cotidianas de prevenção, incluindo o carnaval. O quantitativo de camisinhas é definido com base no consumo médio mensal, além da capacidade de armazenamento e o estoque presente no almoxarifado. Nos últimos cinco anos, o Ministério da Saúde passou aos estados 2,2 bilhões de preservativos.